"10 dicas para não cair em ciladas na
Black Friday"
Reprodução / TV Globo
Confira nossas dicas para viajar tranquilo pelas estradas da Black Friday – e das compras online, é claro
Realizada no Brasil desde 2012, a Black Friday é uma data potencialmente ótima para consumidores ávidos por uma
promoção.
Neste ano, lojas e plataformas de e-commerce atuantes por aqui
prometem descontos de até 80% em vários produtos (novos e nem tão
novos), assegurando que, desta vez, eles serão para valer.
Mas não é só o
comprador assíduo que aproveita as promoções – o cibercrime também vê
boas oportunidades.
“O que acontece é que, assim como em outras datas, os riscos de se
cair um golpe aumentam devido ao crescimento na proporção de compras
realizadas no período”, explicou a INFO a advogada
Gisele Arantes, especialista em direito digital do escritório Assis e
Mendes.
São tentativas de fraude por todos os lados.
Seja nas redes
sociais ou via e-mail, criminosos tentam atrair a atenção de potenciais
vítimas com anúncios de promoções, tudo para roubar dados de internautas
desavisados.
Mas para que você não seja um deles e não caia em uma cilada, dando o
CPF ou o número do cartão de crédito a um mal-intencionado, INFO
reuniu dez dicas bem úteis de segurança para a Black Friday. Elas
também valem para qualquer outra ocasião em que você for comprar algo
online, e ajudam até a fugir de promoções fajutas de uma eventual "Black
Fraude". Confira a lista.
1 – Ofertas que chegam por e-mail:
Já populares no
Brasil, golpes baseados em phishing se tornam ainda mais comuns na Black
Friday e em datas comemorativas – basta ver a quantidade de e-mails de
ofertas que devem ter ido parar na sua caixa de spam. Mas mesmo que
alguma das mensagens com promoções não tenha sido considerada lixo pelo
Gmail, por exemplo, desconfie. Thiago Hyppolito, engenheiro da McAfee,
recomenda que você não clique nos links do e-mail. Prefira sempre
acessar o site da loja no navegador, e por ali procure o produto
anunciado para ver se a promoção é aquela mesmo. E Mariano Sumrell,
diretor na AVG, reforça que é preciso ter esse mesmo cuidado nas redes
sociais, visto que o phishing também aparece em anúncios do Facebook.
2 – Entre no site correto:
Se você ainda assim
clicou no anúncio – talvez porque ele tenha vindo de um e-mail confiável
–, confira o endereço da página aberta. Segundo Hyppolito, qualquer
variação na URL, como o “walmart2014.com.br” que apareceu mais para o
meio do ano, indica que o site é falso e deve ser evitado. Aliás, a dica
aqui também é válida: mesmo que a mensagem tenha vindo de um amigo,
tome cuidado. A conta pode ter sido invadida e usada para enviar spams.
3 – Cheque reclamações prévias:
Dê sempre
preferência a sites de confiança. Caso você ache a loja suspeita,
segundo Sumrell, o ReclameAqui é um grande aliado: é bom evitar lojas
com muitas reclamações de clientes, especialmente caso elas não tenham
sido resolvidos.
4 – A página é segura?
A loja tem boa reputação e o
site parece ser o correto? Ótimo. Mas como também alerta Sumrell, antes
de informar seus dados, veja se a barra de URL vem acompanhada de um
cadeado e clique nele. Se o certificado que aparecer ali for válido, é
sinal de que a página é a autêntica e ainda oferece uma conexão segura,
criptografada – ou seja, os dados que você enviar à loja estarão
protegidos, que quem quer que estiver bisbilhotando o tráfego não
conseguirá ver nada. O cadeado é importante especialmente na página em
que você for digitar os dados do cartão de crédito. Se o endereço não
for protegido e você estiver desconfiado, talvez seja uma boa procurar
outra loja.
5 – Prefira o que é seu:
Não faça compras em
computadores públicos ou mesmo de terceiros, porque você normalmente não
vai saber o que já passou por ali. Evite também conexões Wi-Fi abertas,
que estão suscetíveis à ação de criminosos. Use a internet da sua casa
ou de algum lugar de confiança e também prefira sua própria máquina ou a
de algum lugar que você conheça. Nelas, a advogada Gisele recomenda que
você se certifique de que o antivírus está atualizado – e o mesmo vale
para outras soluções de segurança e para o próprio sistema.
6 – Fuja de perfis falsos e ofertas boas demais:
Desconfie
de tudo que é bom demais para ser verdade, como os perfis falsos de
lojas que começaram a pipocar no Instagram pouco antes da Black Friday
deste ano. Por melhor que possa parecer, as lojas não darão cupons de
600 reais os 1 500 primeiros que republicarem um printscreen na própria
conta. De acordo com Hyppolito, esses perfis fazem promoções assim para
atrair seguidores e depois tentar passar algum golpe e roubar dados.
7 – Cartão de crédito ou boleto?
Aqui as opiniões
divergem. Gisele levantou os pontos positivos e negativos de cada um:
usar o boleto evita que você tenha que informações pessoais aos sites,
mas são inconvenientes na hora de pagar. Fora que, como lembrou
Hyppolito, não dá para descartar o risco de um malware que altera
códigos de barra. Vale conferir algumas dicas em relação a isso aqui.
O cartão de crédito, por sua vez, é mais prático, mas é preciso se
certificar de que todas as medidas de segurança apropriadas foram
tomadas. Fora isso, a tarjeta ganha na facilidade na hora de cancelar
uma compra, caso o golpe tenha sido comprovado. E se for preciso
cancelar o cartão, vale seguir a dica de Sumrell: ter um para usar
apenas nas compras online. Ainda assim, na dúvida, a advogada recomenda o
uso de mediadores de pagamento, como PagSeguro, BoaCompra e PayPal.
8 – Não cadastre o cartão:
Sumrell e Gisele não
recomendam deixar as informações de cartão memorizadas em um site, por
mais prático que isso seja. A advogada ressalta que os servidores sempre
correrão o risco de ser invadidos e a informações, vazadas – como já
aconteceu com a rede de lojas norte-americana Target, por exemplo. É
mais uma precaução. Também é bom tomar cuidado na hora de fornecer dados
de forma geral, aliás. Sites mais preocupados com segurança só vão
pedi-los na hora de fechar a compra mesmo.
9 – Use plugins e comparadores de preços:
Para evitar transtornos posteriores, a dica final é apelar para plugins e comparadores de preços. O Baixou Agora (versão para Chrome)
ganhou popularidade nas últimas Black Fridays por mostrar o histórico
dos valores de um produto no decorrer do ano – o que ajuda a conferir se
o desconto apresentado na data é realmente bom. Fora ele, o tradicional
Buscapé e o Bizoo fazem comparações similares, assim como o Zoom. Vale checá-los antes de fechar uma compra – e também conferir a lista de lojas não recomendadas pelo Procon.
10 – Foi lesado? Saiba a quem recorrer:
Neste ano, a
Câmara do Comércio Eletrônico no Brasil (Câmara e-net) distribuiu selos
que sinalizam a adoção de boas práticas pelas empresas. Lojas que o
apresentam na página inicial assumiram o compromisso de não fraudar os
descontos, como aconteceu em grande escala em 2012 e até no ano passado,
como lembrou Gisele. Mas como em 2014 a adoção foi surpreendente
grande, a preocupação com esses “golpes” pode até diminuir. Mas lojas
que tentam dá-los sempre existirão, e segundo a advogada, os direitos do
consumidor são garantidos aqui. Entrar no Procon, no Tribunal de
Pequenas Causas ou mesmo criticar no ReclameAqui são soluções que, se
não trazem o dinheiro de volta, ao menos ajudam a manchar a imagem da
marca que tentou passar a perna no consumidor.
fonte:
info.abril.com
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